Segundo Kuhn o processo pelo qual um novo paradigma substitui o antecessor é que o cientista precisa ter a mente aberta para ver o mundo de outra maneira, ele precisa enxergar de outra perspectiva, de outro prisma. Para tanto, Kuhn vai dizer que os cientistas novos são mais propícios a essa atitude por estarem menos comprometidos e influenciados com paradigmas anteriores. Está mudança de visão leva a sua atenção para estar concentrada nos problemas que provocaram a crise do paradigma.
O cientista ou uma comunidade científica abandona uma tradição de pesquisa normal, quando busca soluções ou respostas que o paradigma em crise não fornece. Isso não quer dizer que o cientista vai testar paradigmas, mas que ele está buscando soluções com as várias alternativas propostas por paradigmas. Neste estágio o paradigma é um pressuposto.
O teste do novo paradigma só ocorre após o fracasso das alternativas para solucionar a crise existente no paradigma em questão, isto gera a crise e o novo paradigma é evocado para tentar solucionar a crise. Esse teste não consiste em comparar paradigmas, mas é uma disputa entre dois paradigmas rivais para obterem a adesão da comunidade científica.
O paradigma aceito, é o que mais promete, a probabilidade é a base para a aceitação de um novo paradigma, não a sua verificação. Um novo paradigma deve nortear as futuras discussões, pois todos os paradigmas que se adaptariam a um conjunto de dados já foram testados, segundo Kuhn “a verificação é como a seleção natural: escolhe a mais viável entre as alternativas existente em uma situação histórica determinada[1]”.
Kuhn critica a teoria de Karl Popper, porque ele nega qualquer procedimento de verificação e enfatiza a falsificação, isto é, um resultado negativo torna inevitável a rejeição de uma teoria. Para Kuhn, o processo de falsificação, defendido por Popper, poderia ser chamado de verificação, pois consiste no triunfo de um novo paradigma sobre o anterior.
A resolução dos paradigmas é complexa, nenhuma das partes aceita todos os pressupostos como absolutos para resolução de uma crise. Para paradigmas concorrentes Kuhn estabeleceu a incomensurabilidade das tradições científicas normais, estabelecendo que a discordância entre os candidatos a paradigma está sobre a lista de problemas que os eles tencionam resolver.
Os proponentes dos paradigmas competidores praticam seus ofícios em mundos diferentes. Os dois grupo de cientistas vêem coisas diferentes quando olham na mesma direção. Ambos olham para o mundo e o que olham não mudou.
Mais que a incomensurabilidade, os novos paradigmas nascem dos antigos, incorporam grande parte do vocabulário e dos aparatos, tanto conceituais como de manipulação. Mas raramente utilizam esses elementos emprestados de uma maneira tradicional. Dentro do novo paradigma, termos, conceitos e experiências antigas estabelecem novas relações entre si. Por se tratar de transição entre incomensuráveis, a transição não pode ser feita passo a passo, deve ser feita subitamente.
A transferência de adesão de um paradigma a outro é uma experiência de conversão que não pode ser forçado. O cientista nem sempre está preparado para admitir o seu erro, mesmo diante de provas, pois tem certeza que o paradigma em que desenvolveu o seu trabalho, resolverá todos os seus problemas. Essa certeza dos cientistas mais experientes que torna possível uma ciência normal.
Kuhn vai afirmar que constantemente a adesão ao novo paradigma se dará por jovens que crescem familiarizados com ele, pois nem sua carreira e nem sua vida está comprometida com os paradigmas anteriores.
Entretanto, para Kuhn, como já disse acima, a troca de paradigma é uma experiência de conversão, e ela está relacionada à capacidade do novo paradigma de resolver os problemas que geraram a crise do paradigma antigo. A aceitação de um novo paradigma, inicialmente, se concentrará na sua capacidade promissora.
Junto à idéia promissora do paradigma, também devemos destacar o sentimento do que é estético, a nova teoria deve ser mais clara, adequada ou mais simples que a antiga.
Mas, neste início, o novo paradigma não contribuirá para a resolução dos problemas que provocaram a crise. Inicialmente, o novo paradigma dificilmente resolverá mais do que alguns problemas, só posteriormente, depois da exploração da teoria, que os argumentos decisivos são desenvolvidos.
E por falta de contribuição para a resolução dos problemas torna-se necessário buscar contribuições em outros setores da área de estudo, fortalecendo assim, a aceitação do novo paradigma a predição e confirmação de fenômeno que não estavam incluídos na teoria desde o início. Kuhn dirá que “se o paradigma fosse julgado pela sua capacidade em resolver problemas e levasse em consta a sua incomensurabilidade com outros paradigmas antigos, não haveria resoluções em ciências[2]”.
Então, o processo de conversão a um novo paradigma se dará no âmbito de ele ter capacidade de orientar o futuro das pesquisas, a aceitação se baseia na promessa e não nas realizações antigas. Neste caso, Kuhn dirá que é preciso ter fé na capacidade do novo paradigma para resolver problemas.
É necessário uma base para a fé, a existência de algo que mostre que o novo paradigma indique um caminho promissor, e muitas vezes a estética realiza isso, conforme já dito acima.
Comumente o novo paradigma conquista poucos adeptos, mas para o triunfo de um novo paradigma é necessário conquistar adeptos iniciais, para o desenvolver até que os objetivos possam ser produzidos e multiplicados, e assim, com o tempo e a realização de um bom trabalho e o mostrar do que é participar de uma comunidade norteada por ele, os cientistas serão convencidos.
E enfim, quando toda uma comunidade é convertida a um novo paradigma, portanto, a nova maneira de fazer ciência normal, aquele que resistir, a comunidade dirá que ele deixou de ser cientista.
O cientista ou uma comunidade científica abandona uma tradição de pesquisa normal, quando busca soluções ou respostas que o paradigma em crise não fornece. Isso não quer dizer que o cientista vai testar paradigmas, mas que ele está buscando soluções com as várias alternativas propostas por paradigmas. Neste estágio o paradigma é um pressuposto.
O teste do novo paradigma só ocorre após o fracasso das alternativas para solucionar a crise existente no paradigma em questão, isto gera a crise e o novo paradigma é evocado para tentar solucionar a crise. Esse teste não consiste em comparar paradigmas, mas é uma disputa entre dois paradigmas rivais para obterem a adesão da comunidade científica.
O paradigma aceito, é o que mais promete, a probabilidade é a base para a aceitação de um novo paradigma, não a sua verificação. Um novo paradigma deve nortear as futuras discussões, pois todos os paradigmas que se adaptariam a um conjunto de dados já foram testados, segundo Kuhn “a verificação é como a seleção natural: escolhe a mais viável entre as alternativas existente em uma situação histórica determinada[1]”.
Kuhn critica a teoria de Karl Popper, porque ele nega qualquer procedimento de verificação e enfatiza a falsificação, isto é, um resultado negativo torna inevitável a rejeição de uma teoria. Para Kuhn, o processo de falsificação, defendido por Popper, poderia ser chamado de verificação, pois consiste no triunfo de um novo paradigma sobre o anterior.
A resolução dos paradigmas é complexa, nenhuma das partes aceita todos os pressupostos como absolutos para resolução de uma crise. Para paradigmas concorrentes Kuhn estabeleceu a incomensurabilidade das tradições científicas normais, estabelecendo que a discordância entre os candidatos a paradigma está sobre a lista de problemas que os eles tencionam resolver.
Os proponentes dos paradigmas competidores praticam seus ofícios em mundos diferentes. Os dois grupo de cientistas vêem coisas diferentes quando olham na mesma direção. Ambos olham para o mundo e o que olham não mudou.
Mais que a incomensurabilidade, os novos paradigmas nascem dos antigos, incorporam grande parte do vocabulário e dos aparatos, tanto conceituais como de manipulação. Mas raramente utilizam esses elementos emprestados de uma maneira tradicional. Dentro do novo paradigma, termos, conceitos e experiências antigas estabelecem novas relações entre si. Por se tratar de transição entre incomensuráveis, a transição não pode ser feita passo a passo, deve ser feita subitamente.
A transferência de adesão de um paradigma a outro é uma experiência de conversão que não pode ser forçado. O cientista nem sempre está preparado para admitir o seu erro, mesmo diante de provas, pois tem certeza que o paradigma em que desenvolveu o seu trabalho, resolverá todos os seus problemas. Essa certeza dos cientistas mais experientes que torna possível uma ciência normal.
Kuhn vai afirmar que constantemente a adesão ao novo paradigma se dará por jovens que crescem familiarizados com ele, pois nem sua carreira e nem sua vida está comprometida com os paradigmas anteriores.
Entretanto, para Kuhn, como já disse acima, a troca de paradigma é uma experiência de conversão, e ela está relacionada à capacidade do novo paradigma de resolver os problemas que geraram a crise do paradigma antigo. A aceitação de um novo paradigma, inicialmente, se concentrará na sua capacidade promissora.
Junto à idéia promissora do paradigma, também devemos destacar o sentimento do que é estético, a nova teoria deve ser mais clara, adequada ou mais simples que a antiga.
Mas, neste início, o novo paradigma não contribuirá para a resolução dos problemas que provocaram a crise. Inicialmente, o novo paradigma dificilmente resolverá mais do que alguns problemas, só posteriormente, depois da exploração da teoria, que os argumentos decisivos são desenvolvidos.
E por falta de contribuição para a resolução dos problemas torna-se necessário buscar contribuições em outros setores da área de estudo, fortalecendo assim, a aceitação do novo paradigma a predição e confirmação de fenômeno que não estavam incluídos na teoria desde o início. Kuhn dirá que “se o paradigma fosse julgado pela sua capacidade em resolver problemas e levasse em consta a sua incomensurabilidade com outros paradigmas antigos, não haveria resoluções em ciências[2]”.
Então, o processo de conversão a um novo paradigma se dará no âmbito de ele ter capacidade de orientar o futuro das pesquisas, a aceitação se baseia na promessa e não nas realizações antigas. Neste caso, Kuhn dirá que é preciso ter fé na capacidade do novo paradigma para resolver problemas.
É necessário uma base para a fé, a existência de algo que mostre que o novo paradigma indique um caminho promissor, e muitas vezes a estética realiza isso, conforme já dito acima.
Comumente o novo paradigma conquista poucos adeptos, mas para o triunfo de um novo paradigma é necessário conquistar adeptos iniciais, para o desenvolver até que os objetivos possam ser produzidos e multiplicados, e assim, com o tempo e a realização de um bom trabalho e o mostrar do que é participar de uma comunidade norteada por ele, os cientistas serão convencidos.
E enfim, quando toda uma comunidade é convertida a um novo paradigma, portanto, a nova maneira de fazer ciência normal, aquele que resistir, a comunidade dirá que ele deixou de ser cientista.
Bibliografia
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 2ª edição, São Paulo: Perspectiva, 1979
Um comentário:
Muito bom teu blog, Eduardo! Gostei mesmo. Grande abraço,
M.
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